Quem conta com o privilégio de ter uma renda estável e segura, como servidores públicos, militares, pessoas que vivem da renda de seu patrimônio e aqueles com uma sólida e indefectível carreira não devem dispensar cuidados com seu orçamento. Pelo contrário, os cuidados deveriam ser intensos e específicos, adequados a sua situação financeira particular.
O risco da renda segura está na possibilidade de nos acomodarmos e afrouxarmos nossa disciplina, deixando de zelar por nossas contas. O risco da estabilidade está na reduzida chance de grandes mudanças para melhor, caso necessárias. Sabe-se que servidores públicos contam, ao longo da carreira, com uma evolução salarial bem menor do que a de profissionais da iniciativa privada. A compensação é justamente poder ter uma preocupação reduzida com a aposentadoria, devido à preservação vitalícia do total ou da maior parte da renda.
Se um servidor público ou profissional que goza de estabilidade, em um dado mês, perder o controle e consumir mais do que a renda recebida, recorrerá a empréstimos para saldar compromissos. Porém, empréstimos novos incluem o pagamento de juros, um custo que antes não existia. Se antes não era possível honrar seus compromissos regulares, a tendência é que essa situação só piore com a contratação do empréstimo, gerando motivo para a contratação de mais empréstimos no futuro. Deixar esse furo crescer e tomar proporções significativas é o mais grave dos erros financeiros de quem tem renda estável, pois significa aceitar um custo evitável.
Quanto mais conhecida e certa for a renda, mais importante é que as mesmas condições sejam criadas para seu orçamento. Antecipe problemas e normalize gastos, distribuindo-os o mais uniformemente possível ao longo do ano. Vale parcelar e financiar, desde que com consciência do preço pago a mais pelo crédito.
Quanto mais conhecida e certa for a renda, mais importante é que as mesmas condições sejam criadas para seu orçamento. Antecipe problemas e normalize gastos, distribuindo-os o mais uniformemente possível ao longo do ano. Vale parcelar e financiar, desde que com consciência do preço pago a mais pelo crédito.
Se a estabilidade de sua renda decorre de rendimentos do patrimônio, não coma a galinha dos ovos de ouro para adquirir itens de grande valor. Preserve a fonte de renda, diluindo compras em parcelas e cuidando para que elas caibam seguramente no orçamento mensal, com margens para pequenos erros.
Fonte: Gustavo Cerbasi, Autor de Investimentos Inteligentes
Luciano - Copyright © 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário